20/07/2023 às 22h22min - Atualizada em 21/07/2023 às 00h02min
Caso Bruno e Dom: 9ª audiência de instrução finaliza com depoimentos de parentes dos réus
Ato é presidido pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga.
AMAZONAS
G1
A nona sessão da audiência de instrução e julgamento do caso dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foi realizada nesta quinta-feira (20), em formato virtual. O ato é presidido pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga.
'Colômbia', suspeito de ser mandante das mortes de Bruno e Dom, nega participação no crime em depoimento
O primeiro a depor foi Amarílio de Freitas Oliveira, filho do pescador Amarildo da Costa e sobrinho de Oseney da Costa, acusados pelo Ministério Público Federal de serem os assassinos da dupla.
Amarílio estava em Manaus e foi ouvido através da internet. Ele disse que era comum Bruno e a equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) abordarem os pescadores fora da Terra Indígena Vale do Javari.
Segundo ele, a fiscalização causou dificuldades financeiras à família. O homem também contou que ele e o pai vendiam peixes para Rubem Dario Villar, o Colômbia, suspeito de ser o autor intelectual dos crimes.
Também foi ouvido Jânio Freitas de Souza. Ele está preso há quase um ano e responde por pesca ilegal. À Justiça, ele contou que no dia 5 de junho, dia da morte de Bruno e Dom, o indigenista afirmou que mandaria Polícia Federal prender os pescadores ilegais que estavam invadindo lagos de manejo das comunidades ribeirinhas.
A terceira testemunha ouvida foi Elizabete da Costa Oliveira, irmã de Amarildo e Oseney. Segundo ela, a relação da família com os indígenas era boa e que Amarildo teria lhe falado que atirou em Bruno e Dom para se defender.
A sobrinha de Amarildo e Oseney, Maria Antônia da Costa, foi a última testemunha a ser ouvida. Ela disse que os tios foram agredidos pelos agentes da PF durante as prisões em Atalaia do Norte.
Interrogatório dos réus
No dia 27 de julho está marcado o novo interrogatório dos três réus do caso. Ao término da fase, o magistrado deve decidir se os acusados vão ou não a júri popular.