Acidentes e doenças relacionadas à atividade laboral são problemas graves e que afetam milhões de trabalhadores. O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho divulgou dados que revelam que entre os anos de 2012 a 2022 foram comunicados 6,7 milhões acidentes de trabalho e 25,5 mil mortes no emprego com carteira assinada. As informações se baseiam em Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O advogado trabalhista Leonardo Ribeiro faz um alerta sobre a importância da saúde e segurança no ambiente de trabalho, ressaltando que a falta de atenção às condições trabalhistas inadequadas pode resultar em danos muitas vezes irreversíveis. Ribeiro também destaca a questão financeira, visto que, segundo a pesquisa do Observatório, o gasto com benefícios previdenciários acidentários já chega a R$136 bilhões. “O valor inclui ocorrências como auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente relacionados ao trabalho”, esclareceu o advogado.
No mesmo período, ocorreram 2,3 milhões de afastamentos pelo INSS em razão de doenças e acidentes de trabalho. Ribeiro explica que os principais fatores de risco no ambiente de trabalho estão relacionados à falta de medidas de segurança, condições inadequadas de trabalho, exposição a agentes nocivos e jornadas excessivas, causando impactos enormes na saúde física e mental dos trabalhadores. Essa falta de atenção à saúde e segurança no trabalho pode resultar em indenização por danos e assistência médica, em casos de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.
Categoria mais perigosas
De acordo com dados do Observatório Segurança e Saúde no Trabalho, as cinco ocupações com mais registros de acidente de trabalho são: Técnico de enfermagem; Alimentador de linha de produção; Faxineiro; Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) e servente de obras.