Recentemente, o jornalista e escritor JR Moehringer publicou em artigo para a revista The New Yorker bastidores da produção do livro “O que Sobra”, autobiografia do príncipe Harry do qual foi ghostwriter. Segundo ele, os desentendimentos cresceram e chegou a gritar com o duque de Sussex.
Mas afinal, qual o papel de um ghostwriter? Pela tradução literal do termo, seria um escritor fantasma. Mas calma, não estamos falando de algo sobrenatural. A escritora Lella Malta, que atua também no mercado editorial como ghostwriter, explica como funciona: “Trata-se de um profissional contratado para produzir o conteúdo em nome de outra pessoa. Ele absorve o teor de quem o contratou e coloca no papel usando todo seu conhecimento de escrita e estilo”, explica.
Se você parar para pensar, faz muito sentido ter várias celebridades publicando biografias ou dicas de sucesso sem o menor preparo editorial. Até parece que de repente, qualquer um consegue escrever e publicar um livro.
“De uma forma geral, esse profissional trabalha como um escritor de aluguel, traduzindo em palavras as ideias que o cliente deseja transmitir, por meio da assinatura de um contrato com cessão de direitos autorais. É alguém que escreve sobre os mais diferentes temas para as mais diversas pessoas, seja na produção de conteúdo para redes sociais, na elaboração de ebooks que captam clientes para infoprodutos, na escrita de biografias das celebridades, nos discursos políticos e, pasme, até nos votos emocionados que ouvimos em um casamento”, ressalta Lella.
Em relação ao príncipe Harry, houve algumas especulações de que ele teria contratado um ghostwriter para escrever suas memórias, ou se teria escrito de próprio punho. Agora, com as polêmicas no ar, se confirmam as teorias.
SERVIÇO
LELLA MALTA
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