A vingança está entre nós. Sempre esteve presente em diferentes domínios e contextos das relações humanas. Na filosofia, talvez um dos ensaios mais completos sobre a essência da vingança pertence ao alemão Friedrich Nietzsche. Segundo ele, o gatilho do revide é acionado quando o ressentimento, alimentado cadenciadamente pelo ódio e a inveja, é canalizado para uma ação prática para punir o outro.
Um novo olhar sobre esse tema está sendo proposto pelo autor Uranio Bonoldi em seu mais recente thriller, A Contrapartida II - O contra-ataque, que chega ao mercado neste ano pela Editora Valentina. Com a mesma intensidade do volume 1, lançado em 2019, esta sequência colocará o leitor diante de situações em que a maldade, motivada pela vingança, desencadeia uma série de acontecimentos que fogem ao controle dos envolvidos na trama.
"A vingança não leva em conta qualquer senso de justiça e pode se basear no que vemos, no superficial. Muitas vezes a retaliação é fruto de diversos sentimentos obscuros da alma humana que, ao longo do tempo, vai moldando o caráter de uma pessoa. Na maioria das vezes, as consequências de ações motivadas pelo revide desmedido são devastadoras", comenta Uranio Bonoldi.
Considerado um dos principais thrillers nacionais do últimos anos, tendo alcançado o ranking dos mais vendidos na Amazon, desde seu lançamento, o primeiro livro de A Contrapartida conta a história do menino Tavinho, um jovem que para não frustrar a mãe e honrar a memória do pai, vítima da violência da cidade de São Paulo, opta por cortar caminhos durante sua adolescência. Com a ajuda de sua governanta, Iaúna - nascida em uma tribo indígena já extinta, ele aceita tomar o elixir da sabedoria. No entanto, a decisão para se tornar mais astuto, com raciocínio mais ágil, com uma inteligência acima da média, tem um alto preço: o assassinato de pessoas em série.
Em A Contrapartida II - O contra-ataque, o leitor seguirá envolvido por um clima de suspense e mistério, mas também conseguirá preencher inúmeras lacunas deixadas em aberto na história contada no primeiro livro.
Havia alguém observando Dr. Octavio Albuquerque enquanto ele "desovava" dois cadáveres num terreno baldio, ou foi tudo fruto de seu desequilíbrio diante de tarefa tão sórdida? Dona Iaúna, a índia que arrebatou os leitores no primeiro livro, é realmente uma pessoa má? Seria ela capaz de cometer atos imperdoáveis para quem devia tanto e que lhe dera proteção, - como assim fez dona Cristina Albuquerque? E mais. Quais segredos sombrios e realidades brutais estavam por trás de Iaúna e de sua tribo Moxiruna, extinta em uma chacina?
Para fazer as ilações com fatos descritos no livro I, bem como outros acontecimentos, a narrativa avança e retrocede no tempo com fluidez e dinamismo, características que se tornaram marca registrada de Bonoldi, que provoca: "Se estivéssemos no lugar de muitos dos personagens, faríamos a mesma escolha? Tomaríamos o caminho da vingança?".
Sobre o autor
Uranio Bonoldi não perde uma oportunidade de viajar, pois adora conhecer lugares novos, fazendo caminhadas ou pedalando, bem como de participar de programas culturais. Leitor eclético, gosta de livros de ficção, como os de Stephen King, e de não ficção, de filósofos contemporâneos, como James Hollis, além de leituras sobre gestão. Sedento por conhecimento e muito curioso desde sempre, Uranio acredita que a busca pelo autoconhecimento e estar em sintonia com os próprios valores são fundamentais para o bem viver.
Além de palestrante e consultor em processos de tomada de decisão, estratégia empresarial e governança corporativa, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre "Poder e Tomada de Decisão". Com experiência em gestão por mais de 30 anos também atua como executivo em médias e grandes empresas.
Foi educado no método Waldorf, e graduou-se e pós-graduou-se em administração de empresas pela FGV-SP. Mora em São Paulo com a esposa e é pai de dois filhos.
Em seu Livro 1, a série "A Contrapartida" cativou rapidamente milhares de leitores, tornando-se um best-seller principalmente pela qualidade da trama e pela valorização da diversidade cultural brasileira.