26/01/2023 às 11h21min - Atualizada em 28/01/2023 às 00h00min

Prontuário afetivo humaniza atendimento durante internação

Ferramenta utilizada pelo Hemolabor tem o intuito de complementar o prontuário convencional, proporcionando maior proximidade entre o paciente e equipe assistencial

SALA DA NOTÍCIA Kasane Comunicação Corporativa
Diferente de um papel em preto em branco, com informações pessoais básicas, nome completo, data de nascimento e qual o motivo da internação, o prontuário afetivo que fica ao lado de cada leito, traz muito mais humanização durante o período de hospitalização. Implementado no Hemolabor há três meses, o documento que geralmente é preenchido com cores diversas e desenhos, traz informações que aproximam a equipe de cuidado com o paciente, que pode ser um apelido, nome dos filhos, música e sobremesa favorita, entre outros.

A psicóloga do Hemolabor, Thalita Agati, explica a diferença dos dois documentos. “O prontuário convencional é um documento técnico do paciente que está na instituição de saúde e nele contém descritas todas as evoluções dos profissionais que o assistem, como equipe médica e equipe multiprofissional. Já o prontuário afetivo refere-se as subjetividades. Nele está contido, por exemplo, como o paciente gosta de ser chamado, sua música favorita, seu time de futebol, quais são os seus desejos, o que gosta de fazer em momentos de lazer, sua profissão, entre outros. É uma maneira do paciente sentir-se mais confortável e acolhido em um ambiente que tem um estigma de ser apenas tecnicista, frio e de sofrimento”.

Thalita reforça que o prontuário afetivo complementa o prontuário convencional. “O conhecimento técnico sem o lado humano de pouco vale. Para o nosso paciente oncohematológico, essa ferramenta humaniza o atendimento assistencial. Ela valida e o legitima enquanto pessoa, dando voz ativa a quem está no centro do cuidado. Traz uma assistência individualizada. E quem não gosta de sentir-se especial? Também torna a comunicação mais assertiva e o ambiente hospitalar mais leve e adaptativo, além de facilitar a relação da tríade paciente-equipe-família. É uma maneira empática de criar vinculação e que consegue transpor o tecnicismo”, reflete.

De acordo com a gerente de Hospitalidade e Facilities do Hemolabor, Karollyne Moral, a iniciativa, que complementa as ações de humanização na unidade hospitalar, está presente em todos os apartamentos e enfermarias, buscando amenizar o difícil período de internação. “O objetivo é promover maior proximidade entre o paciente e a equipe assistencial, na tentativa de amenizar a dor e o sofrimento dos pacientes durante o período de hospitalização. Com isso, é possível proporcionar momentos de interação únicos, reforçando que o paciente é um indivíduo com gostos e amores, e não apenas um histórico de doenças, exames e medicamentos em prescrição”, explica.
 
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