Dados da Semsa apontam que 3.808 casos de dengue foram confirmados em 2021, número que caiu para 1.153 em 2022. Em relação aos casos notificados, a redução foi de 64% no mesmo período, diminuindo de 5.780 para 2.092.
“A principal forma de combater a dengue é impedir a proliferação do seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, e por isso a secretaria reforçou todas as suas ações educativas, para que a responsabilidade seja compartilhada entre todos os nossos cidadãos. É fundamental que as pessoas não deixem água parada, e ao sentirem os primeiros sintomas da doença, procurem nossas unidades básicas para que seja feito o diagnóstico precoce”, orienta a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe.
Dentre as ações de combate ao mosquito, Shádia destaca a realização de duas edições do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) em 2022, que possibilitou um mapeamento dos bairros que apresentavam maior risco de infestação. O primeiro foi realizado em abril, e o segundo, em novembro.
“A Semsa mobilizou agentes de controle de endemias e agentes comunitários de saúde para essa força-tarefa que teve como objetivo identificar, eliminar e tratar os criadouros do mosquito. Com esses dados, foi possível direcionar as ações para as localidades de maior vulnerabilidade, e ainda combater outras doenças transmitidas pelo Aedes, como zyka e chikungunya”, acrescenta a secretária.
Conscientização
A diretora de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador da Semsa, Marinélia Ferreira, explica que ao longo de todo o ano, a Prefeitura desenvolve visitas casa a casa para sensibilizar a população sobre os cuidados necessários para combater a proliferação do mosquito. A atenção precisa ser redobrada nos períodos chuvosos, quando cresce a incidência da dengue.
“O Aedes aegypti é um mosquito que leva de sete a dez dias para chegar à fase adulta, então se os moradores fizerem uma vistoria nas suas casas pelo menos uma vez na semana, esse ciclo é interrompido. Durante as visitas, os agentes distribuem a cartilha ’10 Minutos contra o Aedes’, que serve para orientar as pessoas sobre quais locais o mosquito pode colocar seus ovos, e, em apenas 10 minutos, todos os possíveis criadouros sejam eliminados”, informa.
Dados
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, detalha que no ano de 2022, o maior número de casos confirmados da dengue foi registrado no primeiro semestre, como costuma ocorrer todos os anos, por conta da grande ocorrência de chuvas. Foram 887 casos de janeiro a junho (2.181 casos a menos que 2021), e 266 confirmações de julho a dezembro (823 a menos que 2021).
Os números da chikungunya também caíram em 2022, com 142 notificações da doença e 44 casos confirmados. No ano anterior, o número de casos notificados chegou a 175, com o total de 51 confirmados.
Em relação aos casos de zyka, a Semsa registrou queda de 24% no número de notificações em 2022, em comparação com o ano anterior, mas confirmou 64 casos, um a mais que em 2021.