De acordo com dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Previdência, de janeiro a julho de 2022 (o total do ano ainda não foi computado), a fratura da extremidade distal do rádio – como é chamada a fratura do punho – foi a segunda maior causa de afastamento do trabalho no período, com 17.107 casos, perdendo apenas para leiomioma do útero (18.202). Na terceira colocação, está a dor lombar baixa (15.330).
“A articulação do punho é formada pela porção final dos ossos do antebraço, que são o rádio e a ulna, que se unem com os ossos do carpo. As fraturas distais do rádio são muito comuns, correspondendo de 10% a 20% das fraturas atendidas em serviços de pronto atendimento de traumatologia e, geralmente, a causa mais comum é a queda de altura, quando a pessoa apoia a palma da mão no chão para se proteger do impacto”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Tufi Neder Filho.
Quando ocorre fratura nessa área, além de dor e inchaço, pode haver deformidade, com o punho se assemelhando ao“dorso de um garfo”. “Os traços das fraturas podem estar fora ou se estender até a articulação. Em traumas de alta energia, as fraturas podem ser expostas”, explica o médico.
O tratamento das fraturas em que não há desvio ou com pequenos desvios, pode ser feito com a colocação de gesso, sem cirurgia, ficando a área imobilizada por volta de 45 dias. “Já as fraturas que apresentam sinais de instabilidade, desvios ou lesões ligamentares precisarão de procedimento cirúrgico” fala o presidente da SBCM. “É fundamental que a pessoa procure um especialista em cirurgia da mão para verificação do caso, pois o tratamento inadequado das fraturas do punho pode, além de causar deformidade estética, levar à série de complicações, como a diminuição da mobilidade do punho e dedos, redução da força e dor”, conclui.
