01/11/2022 às 17h14min - Atualizada em 06/11/2022 às 00h05min

30° Festival Mix Brasil traz 119 filmes de 35 países, experiências XR, presença de Lukas Dhont, Linn da Quebrada _ 9 a 20/11

De 9 a 20/11 o público poderá conferir filmes, espetáculos teatrais inéditos, shows, literatura e workshops

SALA DA NOTÍCIA ATTi Comunicação
Celebrando "Toda Forma de Existir", o Festival Mix Brasil, maior evento cultural dedicado à diversidade da América Latina e um dos maiores do mundo, chega a sua 30ª edição ocupando oito espaços culturais de São Paulo. Com uma programação majoritariamente presencial, o evento inova mais uma vez, incluindo em sua programação experiências de realidades estendidas.
 
De 9 a 20 de novembro, o Festival traz 119 filmes de 35 países e de 12 estados brasileiros, experiências XR vindas da França, Holanda, Taiwan, China e Chile, 6 espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, performances, palestras e workshops sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, Show do Gongo, além de homenagear com o prêmio Ícone Mix a artista multimídia Linn da Quebrada.
 
O Festival abrirá no dia 9 de novembro para convidados com o filme brasileiro "Três Tigres Tristes" de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio Teddy de Melhor longa no Festival de Berlim e inédito em São Paulo. A abertura também contará com a première do "Projeto Flâneur  #Experimento nº1" - que levará o público a flanar pelas histórias das minorias LGBTQIA+ pelo centro da cidade de São Paulo, mesclando as instalações em realidade virtual e aumentada com performances presenciais.

Cinema
 
O Panorama Internacional traz títulos, a maioria inéditos no Brasil, de diretores e atores que tiveram suas obras premiadas e selecionadas nas últimas edições dos festivais de Cannes, Berlim, Sundance, San Sebastian, Locarno, Tribeca, Toronto e Frameline. Entre os destaques estão "Close" de Lukas Dhont, que estará presente no Festival - seu  filme foi o vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes e indicado da Bélgica ao Oscar; "Algo Que Você Disse Ontem à Noite" de Luis De Filippis, levou o prêmio Sebastiane do Festival de San Sebastian; "Túnica Turquesa" de Maryam Touzani,  Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes, "Nelly & Nadine" de Magnus Gertten, vencedor do Teddy de Melhor Documentário em Berlim, conta a história real de duas mulheres que se conheceram em um campo de concentração; e "Girl Picture", Prêmio do público em Sundance e indicado da Finlândia ao Oscar 2023.
 
Já "Fogo-Fátuo", exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes; e "Winter Boy", seleção oficial do Festival de Toronto, são os novos filmes do português João Pedro Rodrigues e do francês Christophe Honoré, respectivamente. Na lista dos internacionais ainda estão "Sublime" de Mariano Biasin, eleito o melhor filme  Latino em San Sebastián; "Antes Que Eu Mude de Ideia" de Trevor Anderson, melhor atuação para Vaughan Murrae  no Festival de Locarno; "Casa Susanna" de Sébastien Lifshitz, seleção oficial de Veneza; "The Five Devils" de Léa Mysius, protagonizado pela atriz francesa Adèle Exarchopoulos (de "Azul É a Cor Mais Quente") e seleção oficial do Festival de Cannes;  "O Amor" de Shariff Nasr, Seleção oficial do Frameline; e "Objetos não Identificados" de Juan Felipe Zuleta, prêmio do público no Outfest Los Angeles.
 

Brasileiros
 
Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo representam a cinematografia nacional nos oito longas e médias que compõem a Mostra Competitiva. Os títulos concorrendo ao Coelho de Ouro de melhor filme brasileiro são: "A Filha do Palhaço" de Pedro Diógenes, prêmio melhor atuação no Cine Ceará;  "Germino Pétalas no Asfalto"  de Coraci Ruiz e Julio Matos, melhor trilha sonora no Festival Guarnicê; "Paloma" de Marcelo Gomes, melhor longa da Première Brasil no Festival do Rio,  "Panteras" de Breno Baptista, seleção oficial do Queer Lisboa; "Regra 34" de Julia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; "Transe" de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, "Três Tigres Tristes" de Gustavo Vinagre; e  "Uýra - A Retomada da Floresta" de Juliana Curi, eleito pelo público como melhor documentário no Frameline.
 
Já na programação de curtas-metragens, poderão ser assistidos filmes das cinco regiões do Brasil. Na Mostra Competitiva de Curtas, são 14 filmes de  diversos estados, trazendo um retrato dinâmico da viva e efervescente produção brasileira de curta-metragem. Outros trabalhos nacionais e estrangeiros compõem os 12 programas de curtas divididos pelos temas: "Campos de Batalha", "Comedy Queers", "Contos da Pérsia", "Corações Indomáveis", "Descolonize Minha Corpa", "Gen Z", "Lesbianas", "Pais, Mães e Filhes", "Pele Selvagem", "Sweet & Sour" e  "Crescendo com a Diversidade", este último destinado ao público de todas as idades. Os curtas da Competitiva Brasil estarão disponíveis online no Sesc Digital a partir de 14 de novembro.
 
A Spcine participa do 30º Festival Mix Brasil promovendo o MixLab SPcine - com mesas, workshop e um bate-papo com o cineasta belga Lukas Dhont - que discute suas ideias sobre o cinema e seu processo criativo em uma conversa com jovens realizadores brasileiros dentro do MixLab Spcine.  Toda a programação será na Biblioteca Mário de Andrade. A parceria com a Spcine também é representada por alguns títulos dos programas Queer.doc e Reframe que serão exibidos dentro da plataforma Spcine Play (www.spcineplay.com.br), de 14 a 23 de novembro.

Experiência XR – Realidades Estendidas
 
Ao completar 30 anos, o MixBrasil inclui na sua programação experiências XR de realidades estendidas. Essas imersões, as primeiras LGBTQIA+ XR já realizadas na América Latina, vêm da França, Holanda, Taiwan, China e Chile e ganham instalações específicas no Festival. Os visitantes vivenciam experiências que misturam diferentes linguagens e recursos tecnológicos que tratam para tratar de temas como parentalidade pós-humana, transhumanismo, prazer feminino e diferentes identidades de gênero.
 
Entre elas estão "Projeto Flâneur  #Experimento nº1" que conta com ações interativas e imersivas, levando o público a flanar pelo centro da cidade de São Paulo; "Parentalidade Pós-Humana em Realidade Híbrida", experiência transmídia que convida casais ou solteiros à 'procriar' digitalmente em uma clínica pós-humana usando Inteligência Artificial e simulação visual; "Lady Sapiens - The Experience", uma viagem no corpo de uma mulher caçadora da era paleolítica; "Lips" convida o público a entrar em um corpo feminino para despertar seu desejo, por meio de toques privado e "No Vapor", em uma sala cheia de neblina, silhuetas de homens, sozinhos, em pares ou em grupos, abandonam-se à exploração de sua sexualidade.
 
Ainda no campo tecnológico, o evento traz a mostra de NFTs "Encruzilhada Blockchain" - que reúne artistas LGBTQIA+ de práticas distintas no campo das artes: de carnavalescos a artistas olfativos, passando por escultores digitais, cineastas e performers. Suas obras apresentam estados de transição, corpos tornando-se outros, paisagens naufragadas e distorcidas, passando do natural ao artificial, do digital ao analógico.
 
Teatro e Show do Gongo
 

Há mais de 20 anos o teatro tem sido uma constante no Festival Mix Brasil.  Este ano seis espetáculos inéditos foram selecionados a partir do edital "Dramática" – valorizando a cena teatral LGBTQIA+ nacional.  São eles: "Útero de Eva" de Sophi Saphirah, no ultrassom, o médico e a mãe pensam que Evaristo é um menino. Ele revela ser Eva, e "Distrito T – Capítulo 1" de Ymoirá Micall, apresenta um recorte sobre um ambiente distópico, também conhecido como lugar nenhum, onde corpos dissidentes confluem ideias.
 
Completam a seleção as peças "Requiem de Guerra"de Giovana Lago e Don Giovanni, um jovem rapaz tem a delicadeza exorcizada de seu corpo, "Gênero Sapatão" de Natalia Mallo, "Chechênia: um estudo de caso" , parte das inúmeras notícias sobre a violenta política institucional contra homossexuais perpetrada pela Chechênia, "O Sacrifício de Cassamba Becker",  de João Victor Toledo, sobre uma grande atriz depauperada impecável que finalmente se aposentou e hoje chama de lar o lixão de alguma praia perdida Brasil afora.
 
As estreias acontecem entre os dias 10 e 15 de novembro no Teatro Sérgio Cardoso e serão disponibilizadas a partir nas plataformas digitais do #Mix e #CulturaEmCasa (https://culturaemcasa.com.br/).
 
O tradicionalíssimo "Show do Gongo" – em que desapegados realizadores apresentam seus vídeos para o julgamento do público do Mix Brasil, cabendo à fabulosa Marisa Orth traduzir o anseio popular e decidir se os filmes serão gongados ou avaliados pelo júri, volta ao Centro Cultural São Paulo. A plateia mais enlouquecida do Brasil se reúne no dia 16 de novembro a partir das 20h.
 
Música, Literatura e Conversa
 
O Mix Music,  primeiro festival de música voltado para o público LGBTQIA+ no Brasil, traz a cantora Assucena, depois de seis anos à frente da banda As Baías a artista apresenta seu show solo "Minha Voz e Eu"; Animais Obscenos, alia música, artes cênicas e performance, o show é parte integrante do espetáculo "História do Olho – Um conto de fadas pornô-noir", e O Nascimento de Vênus,  segundo disco ao vivo de Filipe Catto, marcando sua transição de gênero como uma pessoa trans não-binária e trazendo ao público também um filme/espetáculo/documentário.  O evento traz ainda o esperado Mix Music Novos Talentos no Centro Cultural São Paulo com a apresentação sempre divertida de Silvetty Montilla.
 
O Mix Literário completa cinco anos unindo autores queer de todo o Brasil. Para comemorar, nesta edição haverá um encontro presencial com a grande escritora-violinista Léonor de Récondo. Com curadoria de Alexandre Rabello, a programação tem ainda Workshop de escrita criativa queer, lançamento do livro "Vagas Notícias de Melinha Marchiotti", de João Silvério Trevisan, além de mesas com a participação de nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que discutem o lugar da comunidade LGBTQIA+ na produção literária, além de lançamentos editoriais e sarau.
 
Entre os destaques estão encontros e lançamentos sobre a edição revista e ampliada de "Seis balas num buraco só", de João Silvério Trevisan, "Palavra de escritora, acadêmica e puta: fricções entre a confissão e a ficção" com a escritora argentina Camila Sosa Villada,  "Cartas, segredos, confissões: a intimidade queer sob lente de aumento" com Stênio Gardel e André Mung, "Como contar para as crianças: a emergência de uma literatura infantil de temática queer" com Raphaela Comisso e Janaína Leslão e  André Romano, além de outros encontros com escritores que a comunidade queer brasileira e internacional tem revelado e sobre  obras que ensinam.
 
O Mix Talks traz debates sobre Realidade virtual LGBTQIA+, temas atuais e relevantes, como: "Encruzilhada Blockchain  Exu e a produção LGBTQIAP+ de NFTs", "As Subjetividades como Atos Perfomáticos" e "Feminismo: Protagonismo Feminino na Esfera Digital".
 
Com direção de André Fischer, direção executiva de Josi Geller e direção de programação de Cinema de João Federici, o 30º Festival Mix Brasil  ocupa oito  espaços culturais de São Paulo: CineSesc, Espaço Itaú Augusta - Salas 3 e 4, Centro Cultural São Paulo - Salas Lima Barreto e Paulo Emilio, salas do Circuito Spcine, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Sérgio Cardoso e Centro Cultural da Diversidade. Mas, o público de outros estados do Brasil não ficará de fora. A partir de 14 de novembro o Festival disponibiliza uma programação gratuita online.
 
 Toda a programação do 30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser conferida no site mixbrasil.org.br e também através do Facebook: /FestivalMixBrasil, Instagram: @FestivalMixBrasil, Twitter: @fmixbrasil e Youtube: fmixbrasil. A programação online estreia a partir de 14 novembro e poderá ser assistida gratuitamente pelas plataformas do Sesc Digital (sesc.digital/home) e Spcine Play  (spcineplay.com.br/).
 
O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Unilever, Mercado Livre, Itaú e Spcine e apoio do Sesc e Biblioteca Mário de Andrade. 
 
Serviço
30° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade
9 a 20 de novembro
Gratuito, exceto as sessões do Espaço Itaú Augusta -  valor único de R$20,00 em qualquer sessão.
 
Programação completa: mixbrasil.org.br
Locais:  CineSesc - Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)
Espaço Itaú Augusta  (salas 3 e 4) - Os ingressos começam a ser vendidos na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)
Centro Cultural São Paulo - (Salas Lima Barreto, Paulo Emílio, Adoniran Barbosa, Jardel Filho) - Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (CINEMA, MÚSICA, SHOW DO GONGO, PERFORMANCE)
Teatro Sérgio Cardoso - Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (Teatro)
MIS – Museu da Imagem e do Som - Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (EXPERIÊNCIA XR)
Biblioteca Mário de Andrade - (EXPERIÊNCIA XR, TALKS)
Cine Olido – (EXPERIÊNCIA XR).
*Para mais informações, consulte a bilheteria de cada espaço



 
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