24/03/2022 às 19h25min - Atualizada em 25/03/2022 às 00h00min

Natação ameniza impacto de clima seco e ajuda em problemas respiratórios

As propriedades da água aquecida colaboram para o tratamento dessas doenças que têm seus períodos de crise intensificados nessa época do ano

SALA DA NOTÍCIA Daniela Nucci
Divulgação
Com a chegada do outono, as oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar podem trazer diversos incômodos. Tudo devido ao ar mais seco que aumenta a concentração de poluentes na atmosfera e, as baixas temperaturas e poluição do ar, aumentam os riscos de doenças respiratórias como resfriado, gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e rinite. 

As propriedades da água aquecida colaboram para o tratamento dessas doenças que têm seus períodos de crise intensificados nessa época do ano. No caso da natação, a umidade da água com os exercícios coordenados com a respiração melhoram o retorno venoso o que dificulta as chegadas das crises de asma, bronquite e resfriados, como exemplos. “A umidade do ambiente da piscina já é um local que ameniza esse incômodo do que fora dela. Durante a atividade, você treina na posição horizontal, onde trabalha a respiração em todo momento. O movimento do pulmão, de inspiração e expiração, dilata os brônquios pulmonar, aumentando a frequência de sangue nas veias. Isso ajuda a fortalecer o músculo responsável pelas atividades cardiorrespiratórias do organismo, evitando o fechamento dos brônquios, ajudando, assim, nas crises asmáticas. O principal benefício da natação é a parte respiratória.”, diz o assessor esportivo, Renato Luis Fioravante, proprietário da Aqua Fiori Assessoria @renatofioravante.

Fioravante viu os benefícios da atividade na própria filha Alice Pereira Fioravante, de 4 anos, que sofria de asma (foto). “Ela tinha crise asmática uma vez por mês e, em janeiro deste ano, colocamos ela três vezes por semana na natação. Há três meses, o quadro foi isolado e minha filha não toma mais remédios de crises asmática, fora a melhora da qualidade de vida, segurança e saúde”, diz o professor de natação.
 

Nadar é o melhor remédio para crise asmática
A recepcionista Larissa Cristina Leme do Amaral, de 19 anos, foi diagnóstica com asma em agosto de 2019, desde então começou o tratamento com a bombinha Clenil (três vezes ao dia). Devido ao aumento das crises, após 4 meses de tratamento, foi constatado pelo seu pneumologista que o remédio não fazia mais o efeito desejado. “Foi trocado o medicamento e aumentado a dosagem. Até que, em outubro de 2020, Larissa conheceu o “tio”, jeito carinhoso como chama o professor Renato Luis Fioravante. “Desde então comecei a praticar a natação, duas vezes na semana, onde senti rapidamente um efeito gigantesco em minha respiração. Comecei a diminuir a dosagem por contra própria, pois estava segura e sem crises, até que chegou o dia que eu não estava mais precisando inalar nenhuma dose”, detalha a estudante.
Porém, em meados de maio de 2021, ela precisou ir ao Pronto Socorro (PS) devido ao pulmão estar bem carregado e precisou recorrer a inalação de uma dose de Aerolin, medicamento que ainda toma em caso de alguma crise. Por sorte, há nove meses, Larissa utilizou apenas duas doses da medicação. “A natação engloba diversos benéficos para nossa saúde, tanto física, respiratória quanto mental.  Esse foi o melhor esporte que decidi realizar, hoje estou livre de qualquer medicação, e continuo firme e forte com o meu esporte favorito: a natação”, diz Larissa.

Também graças a natação, a estudante de nutrição, Isabela Mota, de 19 anos, encontrou a cura de suas crises asmáticas, que sofre desde a infância. “Sempre tive asma e precisei aprender a me controlar a vida inteira. Os pneumologistas sempre me aconselharam a fazer natação, até que, em setembro de 2020, minha vida mudou já na primeira aula”, recorda Isabela, que também é aluna do professor Renato. “Na primeira aula que tive notei uma diferença drástica e já não precisei usar a bombinha para a asma”, diz a estudante, que se sente realizada por inteiro com o esporte. “A natação atinge tanto o lado físico quanto o emocional. Estava passando por um momento difícil e na aula é um momento de pura conexão pessoal, onde se conecta com o seu eu”, completa a estudante, que hoje até participa de campeonatos.

 

 
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