As 653.023 famílias inscritas no Bolsa Família no Amazonas recebem nesta segunda-feira (20), de forma unificada, os repasses de janeiro do programa de transferência de renda do Governo Federal, a partir de um investimento de R$ 474,82 milhões. Os 62 municípios são contemplados pelas ações de enfrentamento a desastres previstas no programa. Em janeiro, o valor médio de benefício no Amazonas é de R$ 727,12.
No pacote de benefícios incluídos na retomada do programa em 2023, mais de 358,4 mil crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância no estado, um adicional de R$ 150 destinado a cada integrante dessa faixa etária na composição familiar. O investimento específico neste público é de R$ 51,6 milhões.
O Bolsa Família também prevê outros benefícios complementares, no valor adicional de R$ 50. Eles chegam a 591,1 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos, 44,5 mil gestantes e 14,3 mil nutrizes no Amazonas. Para esses repasses, o investimento federal supera R$ 30,6 milhões.
Em janeiro, o Bolsa Família alcança, em seu grupo prioritário, 1,7 mil famílias em situação de rua, 70,8 mil famílias indígenas, 5,5 mil famílias quilombolas e 425 com crianças em situação de trabalho infantil no Amazonas. O programa ampara ainda 818 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo e 16,9 mil de catadores de material reciclável.
Com 265,4 mil famílias contempladas, a capital Manaus é a cidade com maior número de beneficiários do Bolsa Família no Amazonas neste mês. São R$ 183,1 milhões em repasses federais transferidos, garantindo um benefício médio de R$ 689,93. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas no estado estão Parintins (21.559), Manacapuru (20.950), Itacoatiara (17.205) e Autazes (16.457).
Quatro cidades amazonenses estão entre os dez maiores tickets médios do programa, sendo a primeira Santo Antônio do Içá, cidade com 28.211 habitantes e 4.251 famílias atendidas. As beneficiárias santoense terão, em média, R$ 894,16. Em seguida aparecem Jutaí (R$ 881,05), São Gabriel da Cachoeira (R$ 848,41) e Itamarati (R$ 841,65). Benjamin Constant (R$ 830,13) completa a lista das cinco cidades no Amazonas com maior valor médio em janeiro.
VALOR MÉDIO — No recorte por valor médio de repasse, o município de Uiramutã, em Roraima, com 2.276 famílias atendidas, é o que tem o maior registro: R$ 1.020. Na sequência aparecem Campinápolis (MT), com R$ 920, Santo Antônio do Icá (AM), com R$ 894, Jordão (AC), com R$ 884 e Santa Rosa do Purus (AC), com R$ 883.
UNIFICADO — Em 649 municípios brasileiros, o pagamento do Bolsa Família em janeiro será unificado nesta segunda-feira. São municípios incluídos nas ações de enfrentamento a desastres, motivadas tanto por efeitos de enchentes e inundações quanto por seca e estiagem. A lista inclui os 62 municípios do Amazonas, os 497 do Rio Grande do Sul e os 52 de Rondônia.
FAMÍLIAS ATENDIDAS — Na divisão por estados, a Bahia concentra o maior número de famílias atendidas em janeiro de 2025. São 2,46 milhões, a partir de um investimento federal de R$ 1,6 bilhão. Na sequência aparecem São Paulo (2,44 milhões de famílias), Rio de Janeiro (1,58 milhão), Pernambuco (1,57 milhão) e Ceará (1,45 milhão).
PÚBLICO PRIORITÁRIO — Como de praxe no Bolsa Família, 83% dos responsáveis familiares dos beneficiários em janeiro são mulheres. No público prioritário do programa, há 239 mil famílias com pessoas indígenas, 277 mil com quilombolas, 378 mil são famílias com pessoas catadoras de material reciclável. Outras 236 mil famílias são pessoas em situação de rua.
ELEIÇÕES — Seguindo regras previstas para acesso ao programa de transferência de renda, o primeiro pagamento de 2025 do Bolsa Família retirou da lista de contemplados 1.199 candidatos eleitos nas eleições municipais de 2024. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 17 de janeiro.
REGIÕES — Na divisão por regiões, a maior quantidade de famílias contempladas está no Nordeste, com 9,3 milhões, a partir de um repasse de R$ 6,2 bilhões e R$ 671 de valor médio. Em seguida aparecem a região Sudeste, com 5,9 milhões de beneficiários, a Norte (2,6 milhões), Sul (1,4 milhão) e Centro-Oeste (1,1 milhão).
