DivulgaçãoVales para refeição e alimentação, folga no dia do aniversário, plano de saúde, auxílio para realização de atividades físicas, programa de participação nos lucros e resultados (PLR) e, até mesmo, massagem e comidas disponíveis no escritório são alguns dos benefícios e “mimos” divulgados na trend “CLT Premium”, que viralizou nas redes sociais. Nas publicações, em sua maioria, feitas por pessoas que fazem parte da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), “luxos trabalhistas” concedidos pelas empresas nas quais trabalham são elencados como conquistas de suas vidas profissionais. Apesar de poderem ser gatilhos de ansiedade para quem não está inserido no mundo do trabalho ou quem ainda não possui o emprego que almeja, as postagens vão além de uma brincadeira digital: elas mostram um contexto positivo sobre o mundo do trabalho corporativo e abrem caminho para que companhias entendam um pouco mais sobre atração de jovens talentos.
A geração Z é a primeira a nascer e crescer já conectada ao mundo digital, é a mais nova a constituir a esfera profissional e traz consigo algumas transformações ao mundo do trabalho: segundo o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do ecossistema Great People & GPTW, lidar com quem faz parte deste grupo é um desafio para 68% das pessoas respondentes. De acordo com a pesquisa, falta de comprometimento e impaciência na carreira são características verificadas nos chamados “Gen Z”. A percepção é parte de um conflito geracional que faz parte da dinâmica de trabalho sempre que uma nova geração é inserida nele.
Entre as características mais marcantes dos jovens estão a otimização de tarefas, o conhecimento tecnológico apurado e a importância dada para a qualidade de vida e para o equilíbrio entre o pessoal e o profissional. Pesquisa da Ticket, marca da Edenred Brasil de Benefícios e Engajamento, mostrou que entre todas as faixas etárias, as pessoas que têm entre 16 e 26 anos são as que mais valorizam os benefícios trabalhistas: para 53% dos colaboradores da Geração Z, a relevância dos benefícios é grande, para 34% é média e apenas para 12% ela é pequena. O levantamento mostra que quanto maior é a faixa, menor é a relevância dos benefícios, o que indica uma mudança do mercado nos próximos anos.
Nem só de aumentos salariais e promoções vive o tal do reconhecimento profissional. Além disso, os mais jovens valorizam o seu próprio trabalho e o reconhecimento dado pelos seus empregadores. No mundo do RH, existe já um consenso sobre a geração Z: feedbacks constantes são uma das principais maneiras de líderes mostrarem que se importam com seus liderados, tanto para indicar melhorias quanto para reconhecer pontos positivos. O salário emocional conta muito!
Com as novas características, aparecem novas expectativas e exigências que demandam das empresas adaptações, já que parte dos comportamentos e motivações que as companhias já estão habituadas muitas vezes não são suficientes para suprir os desejos da nova geração. E, enquanto algumas empresas têm dificuldade em lidar com esse novo perfil, outras estão melhorando as relações de trabalho para conseguir reter os “Gen Z”. Entre as estratégias adotadas para se alinhar com a nova geração está a inclusão de novos itens no pacote de benefícios, algo que ficou evidente nos vídeos da “CLT Premium”.
O levantamento da Ticket também mostrou que, entre as principais alegrias do trabalhador no ambiente de trabalho, estão o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, que recebeu 52% dos votos; o reconhecimento, com 27% dos votos; e os bons benefícios, com 14% das escolhas. Já outra pesquisa da marca mostrou que a relevância dos benefícios é grande para 48% das pessoas trabalhadoras, média para 32% e pequena para 18%.
Vale ressaltar que esses benefícios vão além dos regidos pelo regime CLT, como férias remuneradas, vale-transporte, 13° salário e FGTS, mas são acordos entre empresas e pessoas trabalhadoras para uma relação equilibrada entre os dois lados e que complementam a remuneração. O pacote de benefícios vai além de ser parte da remuneração final, proporcionando bem-estar e contribuindo para melhores condições de trabalho que, no fim das contas, é o que todo mundo quer.
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THAIS E SILVA
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