27/02/2024 às 19h18min - Atualizada em 27/02/2024 às 19h18min

Índice de Confiança do comércio sobe 2,4% em fevereiro, segunda alta seguida

De acordo com instituição, indicador subiu ao patamar de 109,7 pontos, na zona de otimismo (acima dos 100 pontos)

Foto Divulgação
 
Os comerciantes brasileiros ficaram mais otimistas em fevereiro, apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,4% em relação a janeiro, o segundo mês seguido de expansão, na série que desconta influências sazonais.
 
O indicador subiu ao patamar de 109,7 pontos, na zona de otimismo (acima dos 100 pontos). Na comparação com fevereiro de 2023, porém, o Icec recuou 4,9%.
 
“A avaliação das condições atuais da economia indicou um ambiente econômico mais favorável, no entanto, os comerciantes apresentam dificuldade financeira para investir”, avaliou a CNC.
 
Na passagem de janeiro para fevereiro, os três componentes do Icec registraram expansão. A avaliação das condições atuais subiu 5,7%, para 88,6 pontos, com avanços nos itens economia (8,5%), setor (5,6%) e empresa (3,8%). As expectativas aumentaram 1,8%, para 139,1 pontos, com melhora nos quesitos economia (2,6%), setor (1,4%) e empresa (1,4%). As intenções de investimentos cresceram 0,8%, para 101,2 pontos, com expansão nos itens empresa (1,9%) e contratação de funcionários (1,0%), mas queda no quesito estoques (-0,8%).
 
O quesito que avalia a intenção de investimento na contratação de funcionários encontra-se em nível satisfatório, aos 112,3 pontos, mas a CNC alerta para um aumento na proporção de comerciantes indicando que pretende reduzir o número de admissões nos próximos meses, fatia que atingiu 40,3% em fevereiro de 2024, o maior nível desde maio de 2021.
 
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, lembra que a inadimplência das empresas aumentou de uma taxa de 2% em dezembro de 2022 para 3,5% em dezembro de 2023, dificultando o acesso ao crédito, enquanto a taxa de juros para pessoa jurídica permanece elevada, embora tenha diminuído em relação ao ano passado. Além disso, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada também pela CNC, “revelou maior preocupação das famílias em organizar seu orçamento, colocando o consumo em segundo plano”.
 
“A perspectiva para consumir permaneceu em declínio em fevereiro, mas o porcentual de consumidores que pretendem reduzir as compras também vem caindo, o que impacta positivamente a expectativa dos comerciantes em relação aos próximos meses”, resumiu Felipe Tavares, em nota oficial.
 
Na passagem de janeiro para fevereiro, a confiança do empresariado aumentou nos três grupos varejistas investigados. A confiança de comerciantes de produtos de primeira necessidade teve alta de 4,2%. No ramo de semiduráveis, o aumento na confiança foi de 0,9%, e, no setor de bem duráveis, houve elevação de 2,3%.

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