07/06/2023 às 19h55min - Atualizada em 08/06/2023 às 00h00min

Você já ouviu falar em gravidez psicológica: saiba mais por aqui.

SALA DA NOTÍCIA Joao Paulo Santos Ribeiro
Você já ouviu falar em gravidez psicológica? Esse é um distúrbio que afeta algumas mulheres que acreditam estar grávidas, mas na verdade não estão. Neste post, vamos explicar o que é, como acontece e como tratar essa condição.

O que é gravidez psicológica?


A gravidez psicológica, também chamada de pseudociese, é um problema psicológico em que a mulher apresenta sintomas típicos de uma gestação, como ausência de menstruação, enjoos, crescimento da barriga e das mamas, sensação de movimentos fetais e até produção de leite. No entanto, não há nenhum feto se desenvolvendo no útero da mulher.

A gravidez psicológica é considerada rara e não tem uma causa biológica definida. Acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores psicológicos e hormonais, que fazem com que o cérebro libere substâncias que simulam uma gravidez real.

Quais são as causas e os fatores de risco?


As causas da gravidez psicológica ainda não são totalmente conhecidas, mas existem alguns fatores que podem contribuir para o seu surgimento. Entre eles, estão:
 
  • Desejo intenso ou dificuldade para engravidar
  • Medo de engravidar
  • Infertilidade ou esterilidade
  • Múltiplos abortos ou perda de um filho
  • Depressão ou ansiedade
  • Abusos sexuais
  • Cobranças do parceiro ou da família.

A gravidez psicológica pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres acima dos 40 anos ou na menopausa. Também é mais frequente em mulheres emocionalmente vulneráveis ou com histórico de transtornos mentais.

Quais são os sintomas?


Os sintomas da gravidez psicológica são os mesmos de uma gravidez normal. Eles podem variar de intensidade e duração, mas geralmente incluem:
 
  • Ausência de menstruação
  • Enjoos ou náuseas matinais
  • Sonolência ou fadiga
  • Desejos ou aversões alimentares
  • Crescimento da barriga e das mamas
  • Ganho de peso ou inchaço corporal
  • Sensação de movimentos fetais
  • Produção de leite materno
  • Contrações do parto.
Esses sintomas são causados pela liberação de hormônios como estrogênio e prolactina, que são estimulados pelo cérebro da mulher. Em alguns casos que são mais complexos, mesmo com a presença da menstruação, a mulher acredita que está grávida ou que está sofrendo um aborto.

Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico da gravidez psicológica é feito pelo médico obstetra, que avalia os sintomas, o exame pélvico e os exames laboratoriais e de imagem.

Os exames de sangue ou urina para detectar o hormônio beta HCG, que indica a presença do feto no útero, dão sempre resultado negativo na gravidez psicológica.

 Além disso, o ultrassom transvaginal ou abdominal mostra a ausência do saco gestacional, dos batimentos cardíacos fetais e da placenta.

Outros exames que o médico pode solicitar são os níveis do hormônio prolactina no sangue ou a realização de uma tomografia de crânio para descartar a presença de um tumor na hipófise (prolactinoma) que pode estar causando a produção de leite.

Como é o tratamento?


O tratamento da gravidez psicológica envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui o uso de medicamentos hormonais para regularizar a menstruação e o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico para tratar as causas emocionais do problema.

O tratamento hormonal visa restabelecer o equilíbrio dos hormônios femininos e interromper os sintomas físicos da gravidez. O médico pode prescrever anticoncepcionais orais ou injetáveis, que devem ser usados conforme a orientação médica.

O tratamento psicológico ou psiquiátrico visa ajudar a mulher a lidar com os sentimentos e as crenças que levaram ao desenvolvimento da gravidez psicológica.

O profissional pode utilizar técnicas de psicoterapia, hipnose, terapia cognitivo-comportamental ou outras abordagens para ajudar a mulher a superar o trauma, o medo, o desejo ou a frustração que estão por trás da pseudociese. Em alguns casos, também pode ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos.

O tratamento da gravidez psicológica deve ser iniciado o quanto antes, para evitar complicações como depressão pós-parto, transtorno obsessivo-compulsivo, delírios ou alucinações.

Além disso, é importante que a mulher tenha o apoio do parceiro, da família e dos amigos, que devem respeitar e compreender o seu sofrimento.

A gravidez psicológica é um distúrbio sério e delicado, que requer atenção e cuidado. Se você suspeita que está passando por essa situação, procure ajuda médica e não se sinta culpada ou envergonhada. Lembre-se de que você não está sozinha e que há tratamento para esse problema.

Lista nomes de medicamentos que gravidaz devem evitar

A gravidez é um momento delicado e é crucial seguir as recomendações médicas. Dito isso, aqui estão alguns exemplos de medicamentos que são geralmente considerados contraindicados durante a gravidez:

Isotretinoína: Um medicamento usado no tratamento da acne grave, que pode causar danos ao feto e aumentar o risco de defeitos congênitos.

Warfarina: Um anticoagulante usado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, mas que pode aumentar o risco de sangramento e afetar o desenvolvimento fetal.

AINEs (Anti-inflamatórios não esteroides): Medicamentos como o ibuprofeno, misoprostol, aspirina e naproxeno, que são comumente usados para aliviar dores e inflamações, podem aumentar o risco de complicações na gravidez e afetar o desenvolvimento fetal.

Retinoides: Certos retinoides, como a tretinoína e o adapaleno, citoteque valor onde comprar, utilizados no tratamento da acne e outras condições dermatológicas, são geralmente contraindicados durante a gravidez devido ao risco de defeitos congênitos.

Medicamentos anticonvulsivantes: Alguns medicamentos usados no tratamento de convulsões, como a carbamazepina e o valproato de sódio, podem estar associados a um maior risco de malformações congênitas.

Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA): Medicamentos usados para tratar condições como hipertensão e insuficiência cardíaca, que podem ser prejudiciais ao feto.

Certos antibióticos e medicamentos antivirais: Alguns antibióticos e antivirais podem ser contraindicados durante a gravidez devido ao potencial de causar danos ao feto ou ao recém-nascido.

É importante ressaltar que essa lista não é exaustiva e cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional de saúde. Se você estiver grávida ou planejando engravidar, consulte seu médico para obter orientações adequadas sobre o uso de medicamentos durante a gravidez.
O teste de gravidez pode dar positivo em uma gravidez psicológica?


Essa é uma dúvida que muitas mulheres têm quando suspeitam de uma gestação imaginária.

A gravidez psicológica, ela pode ter alterações hormonais, aumento da barriga, enjoos, atraso menstrual e até sentir movimentos fetais.

Mas será que o teste de gravidez pode confirmar essa falsa gestação? A resposta é não. O teste de gravidez, seja o de farmácia ou o de sangue, detecta a presença do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana), que é produzido apenas quando há implantação do embrião no útero. Portanto, se não há gravidez, não há hCG e o teste será negativo.

Então, como saber se é uma gravidez psicológica? Como foi dito antes, o diagnóstico é feito por um médico ginecologista ou obstetra, que irá avaliar os sintomas da mulher e solicitar exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, para verificar se há algum feto no útero.

Se os exames não mostrarem nenhuma evidência de gravidez, o médico irá encaminhar a mulher para um acompanhamento psicológico e psiquiátrico, que irá ajudá-la a superar essa situação.

Vale ressaltar novamente que a gravidez psicológica é um problema sério que afeta a saúde mental e física da mulher e pode ter diversas causas, como estresse, ansiedade, depressão, desejo intenso de engravidar ou medo de engravidar.

A gravidez psicológica não é uma mentira ou uma simulação da mulher. Ela realmente acredita que está grávida e sente as mudanças em seu corpo.

Por isso, é importante buscar ajuda profissional o quanto antes e não se envergonhar ou se culpar por esse transtorno.
 
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