29/03/2023 às 20h13min - Atualizada em 29/03/2023 às 20h13min

Honda mantém fabricação de motos na ZFM, mas monitora falta de suprimentos

Falta de suprimentos que impactou polo de 4 rodas e fez montadoras dar férias coletivas não afetou polo de 2 rodas no AM, até o momento.

A crise de componentes de semicondutores, os famosos chips, que desde o início da pandemia da Covid-19 e tem gerado dificuldades logísticas no setor automotivo, ainda não afetou o polo de duas rodas na Zona Franca de Manaus. Pelo menos foi o que afirmou a assessoria de comunicação da Moto Honda na capital amazonense, que ressalta que mesmo sem paralisar a produção, como tem ocorrido em grandes montadoras nos últimos meses, tem sofrido impactos e desafios, monitorando constantemente o atual cenário.

 

O anúncio de férias coletivas que abrangem diferentes períodos, começaram no fim de fevereiro e devem seguir até o começo de maio e afeta marcas conhecidas nacionalmente e mundialmente como a Volkswagen, Hyundai, Mercedes-Benz, General Motors e Stellantis, que também reúne marcas como Fiat, Peugeot e Citröen.

Apesar do polo de duas rodas seguir sem grandes crises por conta da falta de componentes em sua produção, a reportagem identificou que o número de emplacamentos de motos caiu com relação ao ano passado, a queda se dá aos cinco modelos mais vendidos do país: CG 160, NXR 160, Biz 125, Pop 110i e Biz 110i, todas da montadora Moto Honda.

Os dados apresentados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), mostram que de dezembro do ano passado a janeiro deste ano, a líder de vendas, Honda CG 160 teve uma queda de 26,22%, com 36.744 emplacamentos em dezembro de 2022, seguido de 30.386 em janeiro e 27.109 em fevereiro deste ano.

Levantamento feito pela Fenabrave (Foto: Divulgação)

A comparação no emplacamento dos outros modelos com relação a dezembro de 2022 também contou com a queda de 29.31% no modelo Honda NXR 160, 34.58% da Honda Biz 125, 26.19% da Honda Pop 110i e 28.45% da Honda Biz 110i.

O motivo para a queda nos emplacamentos, que coincide com as vendas das motocicletas, pode não estar relacionada à crise de componentes, mas com o aumento na taxa Selic (taxa básica de juros da economia), que chegou a aumentar de 9,25% (dezembro de 2021) para 13.75% (fevereiro deste ano), conforme dados do Banco Central, gerando preços mais altos na venda dos veículos.


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